Quando conversamos com as crianças sobre respeito aos animais, intrinsecamente estamos falando sobre respeito ao próximo em toda a sua essência. Pense nisto: como é possível que os pequenos desenvolvam as habilidades socioemocionais necessárias para um convívio fraterno em sociedade se eles têm vários exemplos contrários na relação entre os humanos e os bichos?
Como a empatia é algo fundamental no desenvolvimento infantil, para que as crianças possam compreender os sentimentos dos outros, exemplos significativos precisam ser construídos.
Mais ainda: ensinar a elas o respeito aos animais pode impactar a maneira como vão encarar as questões ambientais e seu olhar sobre a própria saúde, por exemplo, reduzindo o consumo de carne e utilizando produtos orgânicos ou sustentáveis.
Porém, como fazer isso de forma leve no dia a dia com seus filhos? Veja, neste post, algumas sugestões que separamos para você trabalhar o respeito aos animais em casa!
Seja o espelho do que quer para seus filhos
Desde cedo, a família pode ser o exemplo de que as crianças precisam nas interações positivas com os animais. Sempre que encontrar um animal, trate-o com carinho e demonstre aos seus filhos que os bichos precisam ser acariciados com cuidado e afeto.
Além disso, desestimule que seu filho assista a conteúdos agressivos, como vaquejadas, touradas, rodeios e corridas de cavalos. Porém, explique que alguns animais são utilizados para ajudar as pessoas, como é o caso da equoterapia, ou nos fornecem alimentos — queijos e ovos, por exemplo.
Em tempo, enfatize que não é permitido bater, puxar ou gritar. A gentileza com os bichos ajudará você a corrigir comportamentos agressivos, o que favorece o desenvolvimento da inteligência emocional das crianças.
Permita o contato com diferentes espécies
O respeito aos animas jamais poderá se limitar aos domésticos, como gatos e cachorros. Por isso, uma ótima maneira de ensinar às crianças sobre os bichos e como respeitá-los é observando-os em seus ambientes naturais.
Você pode praticar isso direto do seu quintal ou no parque mais próximo, procurando observar as diferentes espécies. Aproveite e conte aos seus filhos como o ambiente permite que os animais tenham uma vida feliz.
Para que eles vejam mais facilmente reproduções de certos habitats, visite aquários, zoológicos e fazendinhas. Assim, os pequenos vão entender como os animais se comportam e as diferentes relações que cada espécie tem com os humanos, e por que sua existência é importante para o planeta.
Conte histórias sobre a defesa dos animais
Conforme as crianças vão ampliando seu raciocínio, você pode introduzir histórias sobre a preservação das espécies e como o mundo lida com os direitos dos animais.
Além disso, vocês podem ver documentários, ler livros e até assistir a peças de teatro que retratem a preservação da vida animal para evitar a extinção.
Também é importante ressaltar que animais selvagens lutam por sua sobrevivência, por isso, quando estão na natureza precisam, por exemplo, sair à caça para se alimentar. Essa noção evita que, ao presenciar cenas da vida selvagem, as crianças fiquem comovidas ou confusas ― já que isso faz parte do comportamento natural das espécies.
Visite ONGs voltadas ao resgate de animais
ONGs e santuários que resgatam animais são uma excelente oportunidade de aprendizado para as crianças. Nesses locais, elas podem conhecer e se inspirar no trabalho de pessoas que respeitam os bichos. Além disso, terão a chance de aprender que os maus-tratos e o abandono prejudicam toda a sociedade, já que podem resultar até em problemas de saúde pública.
Ainda, essas visitas permitem que as crianças deixem de observar os animais de maneira objetificada, por exemplo, preferindo a adoção à compra de um animal de raça.
Como você vê, incentivar o respeito aos animais vai muito além da questão em si. Esse tema sugere uma série de outros assuntos essenciais ao protagonismo infantil e adulto: pensamento crítico em relação à preservação do meio ambiente, sustentabilidade, consumo consciente, saúde e, claro, a valorização do afeto com o próximo.
Fonte: Escola da Inteligência