Saiba porque falar sobre preconceito com os filhos é tão importante e como evitar que eles repliquem esse comportamento desde a infância.
Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Ajudar a preparar outro ser humano para os desafios do nosso mundo e torná-lo consciente da importância de ajudar o próximo envolve situações presentes desde os primeiros anos de vida. Falar sobre preconceito é uma das questões que merecem nossa atenção.
Os pequenos observam as atitudes dos seus pares, como eles tratam pessoas que não são da família e de que forma lidam com problemas cotidianos. Os filhos absorvem esse aprendizado e replicam essas atitudes com colegas e familiares.
Existem tabus tão enraizados em nossas vidas que acabamos transmitindo-os sem perceber para as crianças. Quando somos contraditórios, por exemplo, quando nos silenciamos frente a preconceitos ou quando criticamos características de uma pessoa de maneira agressiva.
Pensando nesse tema tão delicado, decidimos alongar a discussão com você nas próximas linhas. Confira!
Por que falar sobre preconceito com os filhos?
A família desempenha um papel essencial em uma sociedade na qual são respeitadas as diferenças étnicas, culturais e de gênero. Afinal, é a partir das atitudes em casa que entendemos como tratar da melhor maneira as pessoas da escola, os vizinhos, os amigos etc.
Quando a família cuida disso, fica mais fácil criar filhos que não perpetuem preconceitos tão enraizados na sociedade atual. Conversas causais podem ser simples e, naturalmente, podem gerar um grande impacto na maneira de agir dos pequenos.
Como contribuir para a sensibilidade das crianças?
Não tem idade ou momento certo para falar de preconceito. Dúvidas ou receios podem surgir na ida à padaria ou na cama logo antes de dormir. Uma hora, questões dessa natureza surgem para nossas crianças e devemos estar preparados para lidar da maneira mais saudável com isso, mesmo em situações controversas.
Veja algumas sugestões a seguir!
Falar sobre bullying
Ser vítima ou provocador de casos de bullying afeta bastante a saúde emocional das crianças. É importante conversar com os filhos sobre a relação que eles têm com os coleguinhas da escola e de fora da escola. Alguns sinais podem indicar que nem tudo vai tão bem quanto nós pensamos, como cortes durante a fala, vontade de chorar ou problemas com apelidos.
Reconhecer erros
Quando a importância da igualdade e do respeito às diferenças é compreendida pelos adultos, isso acaba sendo ensinado naturalmente às crianças. Como vimos, elas têm nas nossas atitudes um parâmetro do que é certo a se fazer. Por essa razão, atitudes saudáveis levam a outras com a mesma natureza.
Reconhecer erros, por exemplo, não é um sinal de fraqueza, mas de honestidade consigo mesmo. É uma ótima maneira de estimular a inteligência emocional e evitar se tornar uma pessoa orgulhosa. Ver os adultos fazendo isso pode ser, para as crianças, um alívio, uma vez que elas passam a saber que não precisam se cobrar tanto para evitar erros ou escondê-los.
Falar sobre as diferenças
Caso a criança pergunte o porquê de seu coleguinha ter um tom de pele ou cabelo diferente, é importante explicar com delicadeza que esse tipo de diferença é apenas aparente, porque todos devem ser tratados com respeito.
As pessoas têm cabelos, peles e alturas diferentes. As pessoas sobem na balança e descobrem que têm pesos diferentes. As pessoas falam línguas e dialetos diferentes, e não há problemas nisso. É a diferença que nos torna únicos!
Falar sobre preconceito contribui para a construção de uma sociedade que respeita sua natureza heterogênea. Crianças e adultos capazes de lidar com as diferenças de maneira leve e saudável também melhoram suas percepções sobre si. Portanto, vale a pena apostar nessa prática desde cedo entre nossos familiares.
Gostou do conteúdo? Continue a visita ao nosso blog, agora para entender em mais detalhes como os pais podem contribuir para o combate ao bullying escolar.
Fonte: https://escoladainteligencia.com.br/falar-sobre-preconceito/ acesso em 24 de julho de 2020 – Escola da Inteligência